Esta é uma excelente oportunidade para mulheres cis ou trans: o Banco BV acaba de anunciar a abertura de inscrições para mais uma edição do programa de estágio "Elas por Elas", voltado a pessoas do gênero feminino. Ao todo, estão sendo ofertadas 60 vagas para pelo menos 13 áreas da empresa. As candidatas interessadas devem ser estudantes universitárias com formatura a partir de dezembro 2022. A BV busca por pessoas curiosas, que sejam conectadas e determinadas. Estudantes de todos os cursos de graduação são aceitas e, as selecionadas, terão a grande oportunidade de participar de uma formação de mentoria, que tem como objetivo compartilhar e somar experiências para estimular e incentivar o desenvolvimento do acesso feminino ao mercado de trabalho. As interessadas devem fazer a inscrição no processo seletivo aqui: https://oportunidades.eureca.me/oportunidade/estagio-bancobv, até o dia 17 de junho de 2021.
Mulheres e homens costumam ter experiências de mercado de trabalho muito diferentes. As mulheres recebem menos por hora, trabalham menos horas fora de casa e têm ocupações diferentes que os homens. Essas experiências diferentes, por sua vez, geram uma série de outras disparidades, incluindo níveis mais baixos de riqueza, redução da segurança na aposentadoria e acesso mais limitado a programas de rede de segurança social vinculados ao trabalho, como seguro-desemprego. Por essa razão, ações como as da BV podem ser uma excelente oportunidade para quem busca uma empresa séria, que pretende dar oportunidades para todas as pessoas que se identificam com o gênero feminino.
Um exame mais aprofundado dos resultados do mercado de trabalho de mulheres e homens revela outra maneira importante como as disparidades de gênero ainda se manifestam: a separação de homens e mulheres em ocupações diferentes. As mulheres ainda tendem a ter empregos muito diferentes dos dos homens, e a segregação ocupacional mudou pouco nas últimas duas décadas, como mostra a figura a seguir. Esta segregação, medida pelo somatório das diferenças entre as percentagens de homens e mulheres em cada ocupação, continua a rondar os 50 por cento, o que significa que as ocupações (ponderadas pelo emprego) são em média 75/25 masculinos ou 75/25 femininos. Embora a falta de progresso recente não seja totalmente compreendida, sabemos que a segregação ocupacional está ligada a uma série de fatores, incluindo a necessidade de flexibilidade no trabalho, normas sociais e discriminação no mercado de trabalho, entre outros.
A experiência do Brasil com a queda da participação feminina na força de trabalho durante a recente pandemia de Covid-19 contrasta com os resultados de muitos outros países onde as mulheres em idade produtiva estão trabalhando a uma taxa mais elevada. Compreender as lacunas que permanecem entre os resultados econômicos para mulheres e homens é crucial para encontrar as políticas mais eficazes que podem aumentar as oportunidades das mulheres estarem atuando em algum setor em nosso país. E isso envolve melhores políticas relacionadas à disponibilidade e acessibilidade de creches, tributação individual de casais, transparência salarial e licença parental, entre outros, podem contribuir para um envolvimento mais sólido e igualitário das mulheres na força de trabalho. Alcançar esse objetivo é uma preocupação macroeconômica urgente: sem o envolvimento total e irrestrito das mulheres em nossa força de trabalho, o crescimento econômico será indevidamente prejudicado, os benefícios do crescimento serão desigualmente compartilhados e grande parte do potencial humano será desperdiçado. Por essa razão, a iniciativa da BV, quinto maior conglomerado bancário do país, é uma ótima oportunidade para a inclusão do público feminino no mercado de trabalho, com possibilidade de ascensão e incentivos, como remuneração compatível com o mercado, plano de saúde, plano odontológico, auxílios refeição, alimentação e transporte, descontos em academia, horários de trabalho flexíveis e folga no dia do aniversário.
Por Ana Beatriz Dias Pinto
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